quinta-feira, 18 de junho de 2015

Doença do Carrapato Canina

Carrapato macho

Carrapato Fêmea
Definição de Doença do carrapato:

Erliquiose é uma doença causada por bactérias gram-negativas da família Anaplasmataceae, gêneros Ehrlichia, Anaplasma e Neorickettsia. Estas bactérias são parasitas intracelulares obrigatórios que infectam geralmente glóbulos brancos.
Ela  se apresenta de duas formas: a erliquiose (erlichiose) e a babesiose. Elas são transmitidas pelo carrapato marrom (Rhipicephalus sanquineus). Ele se aloja no corpo do cachorro e se alimenta de sangue. As duas formas da doença podem atingir o cachorro simultaneamente, agravando ainda mais o quadro clínico do cão.  
A doença do carrapato também é conhecida como hemoparasitose. É uma das doenças que mais assustam os donos de cachorros, pois não existe vacina contra ela e apesar de existir tratamento e cura, ela também pode ser fatal. Sim, a doença do carrapato pode matar
A Erliquiose (ou Erlichiose) é uma doença infecciosa severa que acomete os cães, causada por bactérias do gênero Ehrlichia, sendo a principal a Ehrlichia canis. Raramente atinge 
gatos ou seres humanos, embora não seja impossível. É uma doença mais comum durante o verão, já que os carrapatos precisam de calor e umidade para se reproduzir. É comum confundir os sintomas da doença do carrapato com os sintomas da Cinomose, por isso é sempre importante consultar um veterinário assim que seu cachorro se mostrar apático, triste, prostrado e diferente do normal.

Já a 
Babesiose é causada pelo protozoário Babesia canis, que infecta e destrói os glóbulos vermelhos (diferente da Erliquiose, que é causada por uma bactéria que destrói os glóbulos brancos).

Os carrapatos precisam de um ambiente quente e úmido para se reproduzir, por isso são muito mais comuns em países tropicais. No Brasil, a Babesiose é mais comum no Nordeste e menos comum no Sudeste e no Sul.

Sintomas:
Os sintomas apresentados por um animal infectado dependem da reação do organismo à infecção.
A Erliquiose pode ter três fases:
 
1. Fase aguda: onde o animal doente pode transmitir a doença e ainda é possível que se encontre carrapatos.
Febre, falta de apetite, perda de peso e uma certa tristeza podem surgir entre uma e três semanas após a infecção. O cão pode apresentar também sangramento nasal, urinário, vômitos, manchas avermelhadas na pele e dificuldades respiratórias. É importante estar sempre atento à saúde do animal. Normalmente o dono só percebe a doença na segunda fase, e assim como outras doenças, o diagnóstico precoce é fundamental para a recuperação.
 
2. Fase subclínica: pode durar de 6 a 10 semanas (sendo que alguns animais podem nela permanecer por um período maior)
O cachorro não mostra nenhum sintoma clínico, apenas alterações nos exames de sangue. Somente em alguns casos o cão pode apresentar sintomas como inchaço nas patas, perda de apetite, mucosas pálidas, sangramentos, cegueira, etc. Caso o sistema imune do animal não seja capaz de eliminar a bactéria, o animal poderá desenvolver a fase crônica da doença.
 
3. Fase crônica: 
Os sintomas são percebidos mais facilmente como perda de peso, abdômen sensível e dolorido, aumento do baço, do fígado e dos linfonodos, depressão, pequenas hemorragias, edemas nos membros e maior facilidade em adquirir outras infecções. A doença começa a assumir características de uma doença auto-imune, comprometendo o sistema imunológico. Geralmente o animal apresenta os mesmos sinais da fase aguda, porém atenuados, e com a presença de infecções secundárias tais como pneumonias, diarreias, problemas de pele etc. O animal pode também apresentar sangramentos crônicos devido ao baixo número de plaquetas (células responsáveis pela coagulação do sangue), ou cansaço e apatia devidos à anemia.
 
Encontrou um carrapato no seu cachorro? Observe seu cão durante três ou quatro dias e repare se há:
– um enorme abatimento;
– apatia, tristeza, prostração;
– febre;
– grande cansaço;
– urina escura (“cor de café”);
– mucosas de cor amarelada antes de se tornarem “branco de porcelana “.

Diagnostico:
 
Exame de sangue imediatamente. O diagnóstico é confirmado pela identificação dos microorganismos de Babesia nas hemácias em esfregaços sanguíneos corados. Contudo, nem sempre os microorganismos podem ser encontrados nos esfregaços sanguíneos e nestes casos podem ser realizados testes sorológicos para confirmação do diagnóstico.

Tratamento:
 
O tratamento da babesiose vai abranger duas questões: o combate ao parasita e a correção dos problemas que foram causados por este parasita (como a anemia e a insuficiência renal, por exemplo).
 
Atualmente, os veterinários possuem à sua disposição piroplasmicidas (Babesicida) capazes de destruir o parasita. O tratamento das complicações da doença, que é indispensável, consiste por exemplo na cura da insuficiência renal (por diferentes meios, entre os quais a hemodiálise, ou seja, o rim artificial), além de serem tratadas as demais complicações da doença.
 
Essas graves complicações, como a insuficiência renal e a anemia aguda, podem levar à morte do cão. Por isso é tão importante diagnosticar a Babesiose Canina o mais rápido possível, assim as sequelas hepáticas e renais são evitadas ao máximo.
 
Prevenção:

A melhor maneira de prevenir essa doença é evitando os temíveis carrapatos. É importante desparasitar frequentemente o local onde o cão vive e o próprio cão também. Uma maneira simples e eficaz é manter a grama do jardim sempre curta, para evitar que carrapatos se escondam por baixo das folhas. Outra forma eficaz é a aplicação da “vassoura de fogo” ou “lança chamas” nos muros, canis, estrados, batentes, chão etc., pois elimina todas as fases do carrapato: ovos, larvas, ninfas e adultos. Para desparasitar o cachorro, existem vários métodos: pós, sprays, banhos, coleiras anti-parasitas, medicamentos orais, etc. Ainda não há uma vacina eficaz contra a doença.
 
– Verificar a presença de carrapato no cão com frequência;
– Desinfetar o ambiente onde o animal vive periodicamente;
– Usar produtos veterinários carrapaticidas como sabonetes, xampus etc;
– Manter a grama do jardim sempre curta;
– Estar atento aos hotéis para cães, pois se há algum cão infectado, ele poderá transmitir a doença através de outro carrapato do local.
– Aplicar uma pipeta anti-pulgas e anti-carrapatos no cão de 25 em 25 dias.
 
Há vários produtos contra carrapatos. Um dos mais completos é o Max 3, pois ele protege também contra pulgas e age repelindo as pulgas e os carrapatos, não permitindo que esses piquem o animal.
 
Lugares preferidos dos carrapatos no corpo do cão. Verifique sempre:

– Região das orelhas;
– Entre os dedos das patas;
– Próximo aos olhos, nuca e pescoço.

Quem ama cuida!

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